sábado, 30 de junho de 2012

Festa do Carro de Boi - Vazante MG

Música sertaneja-História-Antecedentes

Chitãozinho, um dos mais conhecidos nomes da música sertaneja contemporânea no Brasil.


"Sertanejo" são os locais afastados, longe das cidades, ainda que seja mais presente sua relação com o nordeste, do interior, que encontrou vegetação e clima hostis, além da dominação política dos "coronéis", obrigando a desenvolver uma cultura de resistência, do matuto, legitimamente sertanejo, conhecedor da caatinga. 

Difere-se da cultura caipira, especificamente originária na área que abrange os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ali se desenvolveu uma cultura do colono que encontrou abundância de águas, terra produtiva e um clima mais ameno, típico do cerrado. É conhecida como "caipira" ou "sertaneja" a execução composta e executada das zonas rurais, do campo, a antiga Moda de viola. Os caipiras, duplas ou solo, utilizavam instrumentos típicos do Brasil-colônia, como viola caipira .

Primeira Era
Foi em 1929 que surgiu a música sertaneja como se conhece hoje. Ela nasceu a partir de gravações feitas pelo jornalista e escritor Cornélio Pires de "causos" e fragmentos de cantos tradicionais rurais do interior paulista, sul e triângulo mineiros, sudeste goiano e matogrossense.

[1] Na época destas gravações pioneiras, o gênero era conhecido como música caipira, cujas letras evocavam o modo de vida do homem do interior (muitas vezes em oposição à vida do homem da cidade), assim como a beleza bucólica e romântica da paisagem interiorana (atualmente, este tipo de composição é classificada como "música sertaneja de raiz", com as letras enfatizadas no cotidiano e na maneira de cantar).[nota 1]

Além de Cornélio Pires e sua "Turma Caipira", destacaram-se nessa tendência, mesmo que gravando em época posterior, as duplas Alvarenga e Ranchinho, Torres e Florêncio, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, entre outros, e canções populares como "Sergio Forero", de Cornélio Pires, "O Bonde Camarão" de Cornélio Pires e Mariano, "Sertão do Laranjinha", de Ariovaldo Pires e "Cabocla Tereza", de Ariovaldo Pires e João Pacífico.[1]

Segunda Era
Uma nova fase na história da música sertaneja teve início após a Segunda Guerra Mundial, com a incorporação de novos estilos (de duetos com intervalos variados e o estilo mariachi), gêneros (inicialmente a guarânia e a polca paraguaia e, mais tarde, o corrido e a ranchera mexicanos) e instrumentos (como o acordeom e a harpa).[1] A temática vai tornando-se gradualmente mais amorosa, conservando, todavia, um caráter autobiográfico.[nota 2]

Alguns destaques desta época foram os duos Cascatinha e Inhana, Irmãs Galvão, Irmãs Castro, Sulino e Marrueiro, Palmeira e Biá, o trio Luzinho, Limeira e Zezinha (lançadores da música campeira) e o cantor José Fortuna (adaptador da guarânia~no Brasil). Ao longo da década de 1970, a dupla Milionário e José Rico sistematizou o uso de elementos da tradição mexicana mariachi com floreios de violino e trompete para preencher espaços entre frases e golpes de glote que produzem uma qualidade soluçante na voz.[1] Outros nomes, como a dupla Pena Branca e Xavantinho, seguiam a antiga tradição caipira, enquanto o cantor Tião Carreiro inovava ao fundir o gênero com samba, coco e calango de roda.

Terceira Era
A introdução da guitarra elétrica e o chamado "ritmo jovem", pela dupla Léo Canhoto e Robertinho, no final da década de 1960, marcam o início da fase moderna da música sertaneja. Um dos integrantes do movimento musical Jovem Guarda, o cantor Sérgio Reis passou a gravar na década de 1970 repertório tradicional sertanejo, de forma a contribuir para a penetração mais ampla ao gênero. Renato Teixeira foi outro artista a se destacar àquela altura. Naquele período, os locais de performance da música sertaneja eram originalmente o circo, alguns rodeios e principalmente as rádios AM. Já a partir da década de 1980, essa penetração estendeu-se às rádios FM e também à televisão - seja em programas semanais matutinos de domingo ou em trilhas sonoras de novela ou programas especiais.[nota 3]

Durante os anos oitenta, houve uma exploração comercial massificada do sertanejo, somado, em certos casos, à uma releitura de sucessos internacionais e mesmo da Jovem Guarda. Dessa nova tendência romântica da música sertaneja surgiram inúmeros artistas, quase sempre em duplas, entre os quais, Trio Parada Dura, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, Chrystian & Ralf, João Paulo & Daniel, Chico Rey & Paraná, João Mineiro e Marciano, Gian e Giovani, Rick & Renner, Gilberto e Gilmar, além das cantoras Nalva Aguiar e Roberta Miranda. Alguns dos sucessos desta fase estão "Fio de Cabelo", de Marciano e Darci Rossi, "Apartamento 37", de Leo Canhoto, "Pense em Mim", de Douglas Maio, "Entre Tapas e Beijos", de Nilton Lamas e Antonio Bueno e "Evidências", de José Augusto e Paulo Sérgio Valle.

Contra esta tendência mais comercial da música sertaneja, reapareciam nomes como da dupla Pena Branca e Xavantinho, adequando sucessos da MPB à linguagem das violas, e surgiam novos artistas como Almir Sater, violeiro sofisticado, que passeava entre as modas de viola e os blues. 

Na década seguinte, uma nova geração de artistas surgiu dentro do sertanejo disposta a se reaproximar das tradições caipiras, como Roberto Corrêa, Ivan Vilela, Pereira da Viola e Chico Lobo e Miltinho Edilberto. Atenta, a indústria fonográfica lançou na década de 2000 um movimento similar, chamado por alguns de sertanejo universitário, com nomes como Guilherme & Santiago, Marcos e Léo, João Bosco & Vinícius, César Menotti & Fabiano, Jorge & Mateus, Victor & Leo Fernando & Sorocaba,Luan Santana , Marcos & Belutti, João Neto & Frederico. 

Como esse movimento não para e ganha cada vez mais adeptos, o mercado que antes tinha como foco de surgimento de duplas e artistas sertanejos no estado de Goiás, hoje tem eleito novos ídolos do estado de Mato Grosso do Sul como a revelação escolar Luan Santana e a dupla Maria Cecília & Rodolfo. Porém, Goiás não deixou de revelar nomes no cenário nacional, surgiram os já citados Jorge & Mateus e João Neto e Frederico sem falar de artistas vinculados ao sertanejo mais massificado da década anterior, como Guilherme & Santiago, Bruno & Marrone, Edson & Hudson, e outros.

Quarta Era
O Sertanejo Universitário, mudou muito a forma do sertanejo convencional, já que alguns instrumentos como a sanfona, se tornaram mais eletrônicos, assim, tornando a música com um ritmo um pouco mais acelerado. Sua composição tem como temas de festas, mulheres, por vezes cômica, e chama-se universitário pelo fato de que seus maiores apreciantes são adolescentes. Alguns pesquisadores, críticos e duplas sertanejas apontam que o rotulo "sertanejo universitário", tal como inicialmente usado no início do século XXI, não seria mais que um rótulo comercial, visto que não apresenta grandes diferenças musicais com seus antecessores. Mesmo as músicas entoadas pelas chamadas duplas sertanejas universitárias eram, em sua maioria, regravações e interpretações de canções que anteriormente culminaram em sucesso nas vozes de duplas das décadas de 70, 80 e 90. O fenômeno se deu, de fato, não pela imposição de um novo estilo musical, mas sim, pela conquista de um novo público, uma nova geração, que até certo ponto tinha um "pré-conceito" sobre o gosto musical do estilo "sertanejo". 

Na segunda década do século XXI o estilo sertanejo recebe tendências de vários estilos mais comerciais, como axé, pagode e até funk, além de estilos com raízes mais populares, como o "arrocha". Tais misturas vêm sendo criticadas, principalmente pelas duplas mais antigas, por descaracterizar a música sertaneja em praticamente todas suas instâncias: letra, melodia, toada e qualidade vocal. Discussões a parte, o gênero "misto", seja qual for a classificação formal, se popularisou no Brasil, e vem cada vez mais conquistando adeptos com o rótulo comercial "sertanejo universitário"

Dança Sertaneja

É comum encontrar em diversos bares e boates pelo país a dança acompanhada dos ritmos da musica sertaneja. Os estilos se dividem e se denominam conforme a região.
Observa-se que o estilo de dança sertanejo universitário tem se propagado em regiões da grande São Paulo, como nas cidades de Taboão da Serra, Embu, Cotia e ABC. Além da dança ser fenômeno em discotecas e bailes elitizados na região, observa-se um grande número de escolas de dança e academias de ginástica que ensinam este tipo de dança nestas cidades. Também é possível encontrar concursos e campeonatos deste estilo.[5]

O vanerão tem se propagado na região sul do país, sob forte influencia das culturas locais. Paralelamente é encontrado junto com outros estilos de dança em bares e bailes do gênero, assim como o country.

Na região Centro-Oeste é comum os chamados "bailões", que apresentam as músicas sertanejas de toada mais animada, predominantemente das três últimas décadas do século XX. O estilo de dança é simples, sempre em par, comumente com passos de baião e xote. O chamado "dois pra lá, dois pra cá" é o passo predominante, o que levou o estilo a se popularizar nos bailões pelo fácil acompanhamento.

Fonte: textos extraídos: http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_sertaneja

A religião do sertanejo



O catolicismo levado para o sertão pelos criadores de gado, através dos jesuítas e outras ordens, enraizou-se e foi se tornando a religião do sertanejo. Converteu os nativos indígenas, e deteve total poder sobre o espírito dos nordestinos os nordestinos.

A grande pobreza ocorrida no sertão fazia com que a procura por uma vida melhor, mais igual para todos, fosse amenizada através da religiosidade, que foi de profunda importância na busca da cura dos males vividos pelo sertanejo, muitas vezes, não agradando os coronéis.

São José

A esperança dos sertanejos, na busca por uma terra prometida, diminuía em meio à seca e opressão dos coronéis. Apareceu nesse momento pelo interior, a figura do beato, que pregava a vinda de um salvador pelos sertões.

Esses beatos pregavam que um messias enviado por Deus, viria tirar as pessoas da miséria, aglomerando-as em torno de si, formando pequenos grupos de religiosos fanáticos, a exemplo de Canudos, liderado por Antônio Conselheiro.

A união entre o catolicismo popular e a pajelança originou o curandeirismo caboclo e em seguida aparecem curandeiros, rezadores, benzedeiras que se utilizavam de galhos de pião roxo ou arruda em suas rezas e curas de males físicos e espirituais.

O catolicismo popular, em que a crença nos santos padroeiros é mais forte, e a relação dos fiéis com seus santos é mais direta, gerou enúmeras tradições como as novenas e benditos cantados pelos sertanejos.

A crença no Padre Cícero Romão Batista, o famoso Padim Ciço, cearense do município do Crato, Chefe religioso e político de grande estima em todo o sertão, venerado por Lampião e cantado por Luiz Gonzaga, é outro traço marcante da cultura sertaneja.

Frei Damião, nome de destaque para o povo nordestino é muito lembrado até os dias de hoje. Tido como santo por seus exemplos de fé, amor e pacificação. Frade capuchinho que não largou suas romarias, seus terço e crucifixo, construiu uma imagem de símbolo de fé para o sertanejo.

E assim o catolicismo é rezado e celebrado também através da literatura de cordel, das músicas, dos santos em esculturas, pinturas e outras artes. Não deixando que o sertanejo perca a fé e a esperança por dias melhores. 

Fonte: http://www.recife.pe.gov.br/mlg/gui/Catolicismo.php



sexta-feira, 22 de junho de 2012

O que dizer sobre a “Missa sertaneja”? - Ato Penitencial




Sabemos que a música dentro da Igreja Católica é um instrumento fundamental para a expressão da fé e deve ser usada com sabedoria, prudência e muito discernimento. 

Há comunidades eclesiais que mantêm o costume de colocar melodias de músicas populares já existentes para expressões musicais católicas, particularmente para a Santa Missa. 

A Igreja recomenda que pode admitir ao culto divino as formas musicais, as melodias e os instrumentos de música, desde que sejam adequados ao uso sacro, ou possam a ele se adaptar, condigam com a dignidade do templo e favoreçam realmente a edificação dos fiéis. 

Admitem-se nas Santas Missas melodias e textos que sejam de autoria e inspiração cristãs; nada impede o uso de certos ritmos locais, de acordo com as circunstâncias celebrativas e suas partes específicas, desde que a prioridade seja a celebração, pois cantar é uma forma de rezar. 

A música há de ser uma expressão viva da fé.

 Estejamos atentos à liturgia e ao que a Igreja orienta.

 Augusta Moreira dos Santos

Trindade Santa, viemos te louvar a Deus-Edna & Cida Moreira




quinta-feira, 21 de junho de 2012

Missa Sertaneja-animação e fé.




São José- Homenagem feita pela dupla Edna & Cida Moreira


Você não pode deixar de ver e ouvir esse clip, que de uma forma fervorosa a São José, a dupla canta e emociona a assembléia, no Santuário de Nossa Senhora da Lapa, em Vazante-MG.